Um tipo de câncer que tem o tabagismo como principal fator de risco

“Estamos iniciando uma nova era de tratamentos para combater o câncer de bexiga”. Esta é a análise feita pelo médico oncologista, Giuliano Santos Borges, que acompanha o desenvolvimento de novas fórmulas medicamentosas para combater o câncer. Pesquisador há mais de 10 anos, vê esperança agora em tratamento para os pacientes com este tipo de câncer que afeta mais homens, entre os 5 primeiros – atrás de próstata, pulmão intestino e estômago e tem o cigarro como principal vilão.
Segundo a estimativa do INCA, a doença vai atingir 7.200 em homens e 2.470 em mulheres. Os sintomas são silenciosos, o que atrasa o diagnóstico e faz com que a taxa de cura seja baixa. Segundo o oncologista, as pessoas devem ficar atentas quanto ao desconforto ao urinar, dor ou sangramento.
O tratamento convencional para pacientes com este diagnóstico ainda é bem restrito a quimioterapia, porém, a esperança está na chegada dos imunoterápicos. Em 2016, a FDA, uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, aprovou pela primeira vez, um medicamento desta para tratar o tipo mais comum de câncer de bexiga: carcinoma urotelial. E agora, um novo medicamento semelhante, está sendo testado em Itajaí, em pacientes com este tipo de câncer. A ação no organismo é estimular o sistema imunológico para combater as células cancerígenas.
Este novo tratamento disponível no Centro de Novos Tratamentos é direcionado para pacientes que tiveram o diagnóstico recente de câncer de bexiga metastático, e que não iniciaram quimioterapia “ A intenção é melhorar os resultados já obtidos atualmente com os tratamentos padrões”, explicou Giuliano.