Com o decorrer do outono e a chegada do inverno o clima muda, o tempo fica mais frio e seco e acontece o que chamamos de “pico das doenças virais”. Não é à toa que a incidência de doenças respiratórias aumenta.
E, em meio a muitos casos de tosse, chiadeiras no peito, espirros e febre aparece a bronquiolite.
Nessa semana vamos entender melhor porque essa doença é tão comum nessa época e porque é importante saber identificá-la o quanto antes. Muitos casos necessitam de internação devido ao desconforto respiratório que ela causa e a necessidade de suporte de oxigênio. Por isso, papais e mamães fiquem atentos!
O que é a bronquiolite?
A bronquiolite acontece quando existe um processo inflamatório nos bronquíolos (que são a porção final das vias respiratórias inferiores antes dos alvéolos), geralmente causado por algum vírus. As paredes da estrutura ficam inchadas e dificultam a respiração. Ela ocorre, principalmente, nos bebês e crianças de até 1 ano de idade. É caracterizada por inflamação aguda, edema, necrose (morte das células localizadas nos bronquíolos), aumento da produção de muco (catarro) e broncoespasmo (que causa a falta de ar).
A fonte da infecção é geralmente alguém da família ou da creche que está resfriado ou tossindo, mesmo que não esteja com desconforto respiratório. A transmissão ocorre por contato direto com secreções, gotículas do ar ou objetos contaminados.
Os principais sintomas:
Presença de catarro que vai desde uma coriza clara até mais amarelada;
Bastante tosse; – febre não muito alta, geralmente que não passa de 39° C; – desconforto respiratório, com chiadeira no peito e sibilos; – secreção nos olhos.
Os fatores de risco para uma evolução mais grave são:
Crianças com doença pulmonar crônica ou com displasia broncopulmonar;
Crianças com malformação cardíaca com repercussão;
Prematuros;
Baixo peso ao nascer;
Desnutrição;
Bebês menores de 3 meses.
Por Karina Heusser Neves
Pediatra