O mundo dos adolescentes é predominantemente dominado pelas emoções, e isso tem uma explicação biológica. Antes de tudo, é importante ressaltar que, diferente dos adultos, os adolescentes possuem uma menor atividade no lobo pré-frontal do cérebro, responsável pelo manejo das emoções, sendo assim, em casos de crise, podem encontrar um pouco mais de dificuldade em lidar com a situação. Ainda, o cérebro do adolescente é mais suscetível ao estresse pela forma como ele lida com o hormônio THP (tetraidropregnenolona), este hormônio normalmente é liberado em resposta ao estresse, ele costuma atuar como um tranquilizador, com efeitos em áreas do cérebro que acalmam a atividade do órgão, porém no adolescente ele pode ter um efeito contrário, aumentando ainda mais a ansiedade.
A adolescência é uma fase de transformações cerebrais, ou melhor, transformações nas competências cognitivas, sociais, emocionais, onde os neurotransmissores são personagens importantíssimos, ou seja, o cérebro adolescente passa por uma enorme reestruturação, tornando-os mais facilmente afetados pelo ambiente em que vivem e pelos estressores.
Alguns motivos mais comuns como desencadeares do estresse na adolescência são: pressão e fracasso na escola; pensamentos negativos sobre si mesmo; mudanças no corpo; brigas e conflitos familiares; sobrecarga de atividades e compromissos; bullying; entre outros. Os pais ou responsáveis devem estar sempre atentos aos comportamentos dos adolescentes, pois muitas vezes, eles próprios não sabem explicar o que está acontecendo. A seguir, algumas estratégias que podem ajudá-los a amenizar o estresse: praticar esportes; ter uma alimentação saudável; evitar o excesso de cafeína, que provoca ansiedade e agitação; não consumir drogas; potencializar os pensamentos positivos com metas concretas de pequenos desafios realizáveis; descansar depois de situações estressantes (ouvir música, conversar com um amigo, desenhar, escrever); contar com amigos que possam ajudar a enfrentar as situações de maneira positiva. Muitas vezes a ajuda profissional especializada se faz necessário. Ficou com alguma dúvida? Entre em contato comigo.
Por
Priscila Mafra
Psicóloga da Infância e Adolescência
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