O que você pensa sobre as suas preocupações?

Que tal começar tirando as preocupações da cabeça e colocando no papel, para liberar espaço a pensamentos mais criativos em vez daqueles que se repetem negativamente?

Pensar muito nem sempre é uma boa ideia. Apesar da maior parte das pessoas acreditar que se pensar bastante sobre alguma coisa, e pensar com fé!, vai acabar deparando com um jeito “inteligente” de lidar com o que está precisando. Não costuma funcionar assim. A intensidade da sua preocupação não vai ser proporcional à “genialidade” da sua decisão. Ao contrário: ela pode perpetuar a sua embatucação! Uso esta palavra para dizer da sensação de ficar sem ação, de não saber o que fazer para seguir em frente.

Pensar demais leva à ruminação, aquele remoer angustiante dentro da cabeça. É um modo de abordar os problemas que, em vez de gerar encaminhamento, pode levar a um pseudo enfrentamento de obstáculos que nem sequer existem. Dentro da cabeça, a gente pode criar infinitos “e se” e imaginar consequências para determinadas situações que só estão acontecendo porque a gente está pensando sobre elas. É muito sofrimento passivo e antecipado, percebe?

Faça. Vamos agir

Quando a gente recorre à elucubração parece até que está resolvendo muito, sem ter que mexer em quase nada, além da nossa própria capacidade de tolerar a avalanche de pensamentos. Mas se o pensar não for um exercício de construção de possibilidades que você, de fato, vai poder conectar a algo concreto depois, mesmo que seja a uma pequeníssima atitude para movimentar algum vislumbre, o resultado vai continuar a ser frustração e incomodação.

Esses “e se” que a gente vai criando e que não têm, de fato, lastro na realidade, alimentam a ansiedade e ensinam a mente a estar sempre deslocada, sentindo medo, acuada, lá no futuro. Só que a vida está acontecendo aqui, agora e não é possível se preocupar e, ao mesmo tempo, encontrar soluções para os problemas se você não se dispuser a sair dessa batalha mental para fazer alguma coisa prática com o que está pedindo a sua participação na realidade que já é.

Refletir sobre a vida é importantíssimo, claro. Mas em vez de mobilizar todo o seu tempo e a sua energia apenas pensando (e se preocupando), faça alguma coisa, o que for possível (e sempre há algo a experimentar), mesmo que pareça pouco ou simples, para movimentar o que você gostaria de ver acontecer daqui por diante. O hábito de se preocupar gera a falsa impressão de resolução. E a verdade é que a vida só se resolve por meio do que a gente escolhe (ou não) fazer. E ela pode se resolver de uma maneira mais ou menos favorável, a depender, em grande parte, da nossa postura.

Vamos buscar pensamentos mais criativos

Então, que tal começar tirando as preocupações da cabeça e colocando no papel, para liberar espaço a pensamentos mais criativos em vez daqueles que se repetem negativamente? É raro entrar em looping ao escrever, repetindo temores por páginas e páginas, mas ao pensar isso é muito fácil de acontecer, já reparou? Quando você enxerga as suas preocupações tem a oportunidade de observar a forma como está pensando sobre as coisas. E observar os seus pensamentos deste modo, distanciado, sempre vai gerar mais possibilidades de insights e de dar proporção às coisas do que continuar apenas pensando isso que você pensa e repensa, de trás pra frente, sempre igual, atulhando a sua cabeça. Preocupação não resolve uma vida sem ação, pense nisso.

Ju De Mari é uma jornalista que virou coach para mulheres na PROSA Coaching. Pratica singelezas como forma de se relacionar com a vida de maneira mais criativa. Adora flores e fotografia, tem dois filhos e raízes no frevo pernambucano. Nesta coluna mensal, compartilha reflexões sobre transição de carreira e de estilo de vida para inspirar pequenas revoluções possíveis e práticas.  

Por

Vida Simples

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