
A busca pelo meu amor é frenética, sonho idealizado, permeado de desejos mil. O almejado foi encontrado e vivenciado, de maneira borbulhante e decepcionante. O que era doce, em amargo se transforma. De sedutor, passa a ser dominador, exige atenção exclusiva, o sentimento é de posse.
O meu amor passou a ser a minha dor, mas em muitos casos, ainda continua a ser o meu amor. Como administrar a ambivalência destes sentimentos?
A necessidade do ser humano é de se sentir amado, valorizado. Quando nos apaixonamos, no cérebro há uma explosão de sensações e passamos a olhar o ser amoroso com magia e encantamento. A paixão floresce, porém ela tem prazo de validade e dura de um a dois anos. A partir daí o cérebro começa a liberar hormônios relacionados à formação de vínculos duradouros, que é o amor. Sendo o companheirismo, trocas afetivas, confiança, diálogo e o respeito à base do relacionamento.
No entanto, constatamos que é alto o índice de desajustes e sofrimento entre os casais. Penso que são decorrentes de expectativas tais como: “este ser adorado fará a minha felicidade”. Estas projeções são oriundas das: carências, fragilidades, ambiguidades e dependência emocional.
Para conseguirmos manter um relacionamento amoroso saudável é importante nos conhecermos melhor. Trabalhar nossas fragilidades, inseguranças, traumas psicológicos, fortalecer a nossa autoestima, autoconfiança, amorosidade e, respeitar a individualidade. Compreender que a pressão e o controle são a ruína de uma união, que o amor é investimento e construção contínua. Cientes que somos responsáveis por nossa felicidade e, não o outro.
Claudete de Morais
CRP 12/01167
Doutoranda em Psicologia Clínica
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