
No turbilhão de minhas tormentas mergulho e penso que não terei forças para sair deste caos, porém quando durmo nos meus sonhos reúno os caquinhos de minha história e vou me reconstruindo. Ao acordar me sinto renovada, embora perceba as cicatrizes destas restaurações. É momento de fazer enfrentamentos dos meus fantasmas e no processo psicoterapêutico descubro que estes pensamentos apavorantes são os disparadores de meus vícios, os quais me levam impetuosamente ao consumo. Quando estou feliz compro e se estou triste preencho o vazio de minha existência com compras, não posso comprar, mas compro e depois entro em profunda consternação, sem saber como pagar.
Este é um dos retratos das pessoas que sofrem de TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo, representados também em outras queixas, por exemplo: necessito conferir dez vezes seguidamente se tem alguém escondido debaixo de minha cama. Minhas mãos ardem de tanto lavá-las, meu corpo tem lesões provocadas pelo excesso de escovação, pois sinto que estou sujo.
Estas obsessões são pensamentos intrusivos recorrentes ou impulsos indesejáveis desencadeadores de ansiedade. As compulsões são determinadas ações ou atos mentais que as pessoas efetuam para reduzir ou evitar a ansiedade provocada pelas obsessões. O TOC é o gerador de muitas angústias, limitações e sérios problemas. O indivíduo sente-se prisioneiro de seus medos e tormentas provocando também, estresse familiar.
O autoconhecimento oportunizado por um processo psicoterapêutico nos levará ao desvendamento de nossos enigmas, às vezes nossos vilões. O pensamento constrói crenças negativas, fantasmas produtores de sofrimentos, que podem ser desconstruídos eliminando as assombrações, assim poderemos finalmente viver de maneira saudável e feliz.
CRP 12/01167
Doutoranda em Psicologia Clínica
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