
om os olhos arregalados e voz tremula, Laura relatou: “Eu estava em minha casa, quando duas mariposas invadiram o ambiente e vinham em minha direção. Apavorada comecei a gritar e paralisei, minha mãe me socorreu”. Laura (nome simbólico) sofria de fobia de borboletas ou mariposas, conhecido cientificamente como Motefobia.
A fobia é um transtorno de ansiedade, caracterizado por um medo específico, exagerado e irracional, que pode paralisar quando exposto as situações que causam fobia. É comum apresentarem os seguintes sintomas: taquicardia, tontura, sensação de irrealidade e até ataques de pânico é altamente limitadora, pois afeta as interações sócias.
Para vencer sua fobia e ter melhor qualidade de vida, Laura buscou o processo psicoterapêutico, no qual se utilizou a abordagem EMDR, que efetua a dessensibilização e o reprocessamento de memórias traumáticas, por meio da estimulação bilateral dos hemisférios cerebrais, através dos movimentos oculares ou da ativação tátil.
Feliz por superar o medo de mariposas e outras limitações, Laura comentou: “só agora eu entendi o porquê estas borboletas me assustavam tanto, elas tiveram a coragem de sair dos seus casulos e arvorar o seu voo. Quantos anos eu permaneci em meu casulo, sem coragem de rompê-lo, compreendi que o Medo me encarcerava, ao vencê-lo passei por uma metamorfose e consegui alçar o voo da liberdade, em busca da realização dos meus sonhos.”
Questiono, quantas Laura existem prisioneiras de seus medos? Portanto, não dê asas aos seus medos e sim, aos seus sonhos.
CRP 12/01167
Doutoranda em Psicologia Clínica
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