
‘Eu estava dirigindo pela BR, quando comecei a sentir náuseas, dor no peito, taquicardia, transpirava muito, me sentia sufocado, a respiração estava curta, a leitura foi “estou enfartando”. Parei o carro e sai correndo desesperado pela BR, a sensação era que, correndo iria conseguir respirar melhor e chegar mais rápido a um hospital’.
Este é o relato do meu paciente, com crise de pânico. O pânico provoca uma descarga de noradrenalina e de adrenalina no corpo gerando na pessoa a reação de fuga ou paralisar. O sentimento é de morte iminente. O que leva a acreditar que está enfartando. O indivíduo passa a ter medo do medo, isto é, de vir novamente a sentir este medo.
O Transtorno de Pânico é caracterizado por crises de ansiedade excessivas e inesperadas, com sintomas físicos, A crise tem curta duração, de 20 a 40 minutos. Este transtorno produz sofrimento intenso, limitador chegando a estagnar a vida do indivíduo, que muitas vezes deixa de viver seus sonhos.
Como ajudar uma pessoa com crise de pânico? O importante é acolher, evite dizer que não é nada, ou que já vai passar, dê a mão demonstrando que ela não está sozinha. Ajude a fazer uma respiração diafragmática lenta e profunda, auxiliará a aliviar a falta de ar e reduzir a frequência cardíaca. Dê muita água, pois a descarga de noradrenalina e adrenalina será eliminada pela urina. Pergunte se ela já teve outras crises similares, pois poderá ter remédio sublingual consigo o que contribuirá neste momento.
Não fique refém do Medo do Medo, uma boa informação, tratamento medicamentoso e psicoterapêutico o libertará desta prisão.
Claudete de Morais
CRP 12/01167
Doutoranda em Psicologia Clínica
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