
Você já deve ter ouvido falar sobre o eixo cérebro-intestino e que ele influencia muito mais do que nossa saúde intestinal, certo? Mas você sabe por que dizemos que a saúde começa no intestino?
Primeiro, cada um de nós tem uma microbiota, ou seja, uma flora bacteriana intestinal, tão única quanto nossa impressão digital, que impacta todo o metabolismo. Em segundo lugar, a microbiota pode contribuir para o desenvolvimento de condições, como a obesidade, que antes pensávamos serem atribuíveis apenas ao estilo de vida. E terceiro, em razão da capacidade de mudança, a microbiota permite alterar nossa saúde geral à medida que envelhecemos, para melhor ou pior.
A disbiose, um desequilíbrio da microbiota, reduz a capacidade de absorção de nutrientes, como vitaminas e minerais, impede a função protetora da barreira intestinal, altera a resposta hormonal e dos neurotransmissores cerebrais, bem como produz substâncias antinutritivas, predispondo a alterações de todo o organismo. Pode afetar o humor e o comportamento, além de contribuir para o desenvolvimento de diversas doenças crônicas, como distúrbios de imunidade, ansiedade, diabetes ou câncer.
Atualmente há exames que nos auxiliam no diagnóstico da disbiose para uma intervenção mais assertiva e eficaz. No entanto, o estilo de vida adequado ainda é mandatório. Prática de exercícios físicos, ingesta adequada de fibras alimentares, hidratação, redução de açúcares e alimentos industrializados, evitar drogas e medicamentos, reduzir toxinas, mais exposição ao sol, manejo do estresse e sono de qualidade são fatores que impactam nas famosas “bactérias do bem”. Quando o corpo adoece, o tratamento multidisciplinar é o mais indicado, e sempre envolve a saúde intestinal.
Mara Lucia Mafra
Médica Nutróloga com abordagem em medicina integrativa
Sócia Amaya Saúde Integrativa
@dramaravilhosa
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