SÍNDROME PÓS-COVID-19 E OS BENEFÍCIOS POTENCIAIS DO EXERCÍCIO (PARTE 2)

DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS E BIOPSICOSSOCIAIS

Está bem estabelecido que os sobreviventes da Covid-19 podem desenvolver ansiedade, depressão, distúrbios do sono e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). TEPT pode ser responsável por sofrimento grave ou prejuízo clinicamente significativo nas áreas sociais, ocupacionais e outras básicas de funcionamento do indivíduo. Além disso, muitas vezes está associado ao aparecimento de sintomas físicos como fadiga e/ou dispneia, palpitações, dor no peito, dor de cabeça, sudorese, náuseas, tremores, insônia e vários distúrbios neuropsicológicos, como embotamento mental ou achatamento emocional, que podem contribuir para a má interpretação dos sintomas prolongados da Covid-19.

A sintomatologia neuropsiquiátrica da síndrome pós-Covid-19 focaliza precisamente na perda dessas habilidades cognitivas. Esses efeitos, que os pacientes descreveram como neblina cerebral, perturbações de memória e manifestações do sono, são consistentes com pouca atenção ou concentração, dificuldade de pensar, dificuldade com o funcionamento executivo (planejamento, organização, descobrir a sequência de ações, abstração), pensamentos lentos, prejuízos de memória de curto e longo prazo, problemas de fala e linguagem e dificuldade com o sono (insônia, suores noturnos, pernas inquietas). O comprometimento neurocognitivo pode estar relacionado com as propriedades neurotrópicas desse vírus, permitindo infectar regiões cerebrais.

Outras manifestações neurológicas ao longo da Covid-19 são secundárias à ruptura do sistema nervoso autônomo (disautonomia), resultando em síndrome de intolerância ortostática, também conhecida como síndrome da taquicardia ortostática postural (POTS), provocando palpitações, intestino irritável ou episódios pré-sincopais recorrentes.

TRATAMENTO DA SÍNDROME PÓS-COVID-19

Embora a evolução seja espontânea para resolução na maioria dos casos, por causa do quão exasperante essa condição pode ser, requer uma continuidade do cuidado por meio de uma abordagem multidisciplinar e holística. Alguns guias publicados e documentos de recomendação, com visão completa do paciente, abordaram aspectos de natureza física, psicológica e social. Uma vez descartada a presença de complicações sistêmicas (dano orgânico persistente) e a necessidade de encaminhamento a determinados especialistas, o cuidado deve se concentrar no manejo sintomático e na reabilitação física e mental (incluindo tratamento de fadiga, retreinamento respiratório ou apoio psicológico ou psiquiátrico).


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