
Nem toda perda auditiva é igual. Entre os extremos de ouvir bem e não ouvir nada, existem diferentes graus de redução da capacidade auditiva.
Quando informo um paciente sobre uma perda auditiva, geralmente a próxima pergunta que ouço é: ‘’Dr. qual é o grau da minha perda?’’, essa sempre acompanhada de uma expectativa da definição em números, como se essa pudesse ser definida em porcentagem ou em graus, como um míope vai ter em seus óculos ou lente corretiva. Porém, no caso da perda auditiva, essa é mais comumente graduada utilizando alguns termos, conforme os níveis de audição que a pessoa ainda apresenta, e essa classificação é dividida em: audição normal, perda leve, moderada, severa e profunda.
Para diagnosticar, classificar e inferir a causa, um exame é fundamental: a audiometria. Geralmente realizado pelo fonoaudiólogo, é um exame indolor, realizado com o uso de aparelhos específicos para identificar os menores níveis de audição que o ouvido consegue reconhecer, classificando cada uma das frequências do som de forma isolada, desde os mais graves até os mais agudos, formando um gráfico que demonstra os níveis auditivos em cada um dos ouvidos. Além disso, um teste vocal permite identificar o grau de entendimento da fala, fornecendo um item extremamente valioso: quanto a pessoa realmente consegue reconhecer da palavra falada.
Pessoas que conseguem reconhecer sons em 25 decibéis (dB — a medida do som) ou menos têm audição considerada normal. Caso isso não seja possível, enquadramos conforme a classificação:
– Leve (25 A 39 dB): incapacidade de ouvir sons suaves e certa dificuldade para entender a fala, principalmente em locais ruidosos.
– Moderada (40 A 69 dB): dificuldade mais acentuada na compreensão da fala, atrapalhando a conversação normal.
– Severa (70 A 89 dB): dificuldade na fala intensa, só entende fala em gritos ou sons amplificados.
– Profunda (> 90 dB): dependente da leitura labial, pode não entender a fala em gritos.
Ouvir e compreender os sons é fundamental para viver independente e ter qualidade de vida. Em caso de dificuldades auditivas, não deixe de procurar auxílio qualificado.
Daniel Buffon Zatt
CRM/SC: 23.589 | RQE: 18.759 | Otorrinolaringologista
Fga. Elaine C.C. Pereira
Fonoaudióloga – CRF36.685
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