
Queixas da mãe do Pedro (nome fictício): – Ele é um capeta, destrói tudo e é muito agressivo. Pedi ao Pedro que desenhasse o que sentia. Ele desenhou um capeta. Perguntei: – O que você desenhou? – “Não estás vento? Sou eu, o capeta. – Por que você acha que é capeta? – Todos dizem, a minha família, os professores. – Você concorda? – Sim, sou malvado, quebro vidros. – Você gosta de ser capeta? Com expressão de tristeza, confessou: – Não, porque as pessoas não gostam de mim, elas só brigam comigo. – Você gostaria de mudar? Incrédulo, questionou: – Dá para mudar? Quem nasce capeta não morre capeta?
Pedro estava comportando-se de acordo com o nível de expectativa das pessoas. Assim como ele, muitos indivíduos vivem infelizes por bulling sofridos, rótulos recebidos, sentem-se excluídos ceifando sua autoestima. Nossas crenças são o motor para o sucesso, ou o entrave de nossa vida. Elas edificam nossa autoestima, a qual é decorrente do nível de gratificações, frustrações que vivenciamos, dos valores culturais, conceitos, padrões comportamentais adotados pela sociedade.
Mulheres e adolescentes sentem-se massacradas em sua autoestima, por não atenderem aos padrões de beleza impostos pela mídia, portanto não acreditam na sua capacidade de serem amadas. Diante de tamanha escravidão laceram o prazer de viver. Questiono até quando ficaremos refém destes estereótipos? Buscamos o que acreditamos que merecemos. Temos o direito de sermos amados e respeitados pelo que somos e não pelo que a mídia elegeu. Pontuo o autoconhecimento, a aceitação e o amor por si mesmo, elevarão sua autoestima, para buscar o que deseja.
Claudete de Morais
CRP 12/01167
Doutoranda em Psicologia Clínica
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