A TONTURA É MUITO MAIS QUE LABIRINTITE

Dr. Daniel Buffon Zatt | Otorrinolaringologista – foto @marciojrph

Todo mundo conhece aquele vizinho(a) ou parente que sofre das ‘’labirintites’’. Porém, na maioria das vezes o que a pessoa sofre é alguma outra labirintopatia. Tontura não é sinônimo e nunca deveria ser confundida com labirintite. Já que na realidade, a labirintite é uma inflamação do labirinto, doença relativamente rara, porém grave!

Não podemos fechar os olhos diante das inúmeras doenças que apresentam tontura como um sintoma. Dentre elas estão alterações metabólicas, neurológicas e principalmente os distúrbios do labirinto. Por este motivo é de extrema importância uma consulta com especialista para diagnóstico correto e tratamento adequado.

E o pior de tudo é utilizar aquele comprimidinho que o vizinho usa. Não fique se automedicando para tontura. É fundamental fazer o diagnóstico adequado e, por consequência, o seu tratamento, a fim de evitar possíveis complicações. Nem sempre medicamentos são a solução. Na maior parte dos casos, manobras de reposicionamento e a reabilitação do labirinto podem ser muito mais efetivas, como nos casos de vertigem posicional paroxística benigna, a tontura dos cristais, a qual é a mais frequente das labirintopatias.

A prevenção e o tratamento são essenciais para a melhor qualidade de vida do paciente, por isso não deixe de procurar o seu médico.

Mas de antemão, podemos indicar os três maiores vilões em paciente com tontura:

-Estresse emocional

-Privação do sono

-Padrões alimentares irregulares

O exercício físico regular e o gerenciamento de estresse e sono, são extremamente benéficos às pessoas com tonturas e desequilíbrios. A dieta com pouco sal, estimulantes, carboidratos, refinados, glúten e cereais processados, além de uma ingestão de água adequada, podem contribuir para a melhora em indivíduos que sofrem de tontura.