
A vida é recheada de desafios; lutamos para nascer e liberamos o nosso grito primal como nosso primeiro desafio. Assim segue a vida, entre desafios, frustrações e gratificações.
A frustração é a recusa de um desejo, de um prazer pulsional não obtido. Não saber lidar com a decepção poderá levá-lo ao sofrimento e à limitação do seu desenvolvimento. Incontáveis são os exemplos de desencantamentos que a vida pode nos apresentar, tais como: superar o fracasso de um sonho, o insucesso de uma atividade, a humilhação proveniente de um bullying, a traição de um amor ou de um amigo. São os desencadeadores de muita dor e do medo de vir a se frustrar novamente. Esses fatos poderão desencadear: ansiedade alta, agressividade, estresse pós-traumático, travando o indivíduo e impedindo-o de alçar novos voos.
É necessário aprender a suplantar este sentimento. Persistir no desapontamento contribuirá para a construção de crenças negativas, as quais irão suscitar a sensação de ser um fracassado, sem coragem de apostar em seus sonhos, acreditando que não é capaz. Ultrapassar esta desilusão o tornará mais revigorado. Nietzsche pontua: “Aquilo que não me mata só me fortalece”.
Ao analisarmos as relações amorosas, constatamos momentos em que o despontamento se fará presente e teremos que lidar com este contexto, pois amar é aprender também a administrar os desencantos, assimilar os desgostos e vibrar com as alegrias e gratificações; no diálogo, fortalecer o elo amoroso.
Os desafios nos definem, pois descobrimos o nosso real potencial; as superações das frustrações nos enaltecem, pois descobrimos a fortaleza que somos.
Claudete de Morais
CRP 12/01167 – Doutoranda em Psicologia Clínica
(47) 9 9274-6439 / claudetedemorais.com.br
@claudetedemorais_