

Estudar a linguagem e os seus mecanismos sempre me fascinou, talvez por isso minhas pesquisas sobre a adaptação linguística tenham sido tão frequentes. De um tempo para cá, tem me chamado a atenção a linguagem dos negócios, pois, de repente, de professora passei à empresária e percebi que a linguagem dos negócios tem suas peculiaridades.
Faço, aqui, uma reflexão sobre a expressão: a “linguagem de negócios”, que é um termo usado para descrever a linguagem utilizada nos ambientes onde compras, vendas e trocas são realizadas. Etimologicamente, negócio deriva do latim “negotium”, combinando o prefixo “neg” (advérbio de negação), do latim “negare”, ao termo OTIUM (folga, ócio), a palavra NEGÓCIO tenta, à sua maneira, expressar o “NÃO-ÓCIO”; ou seja, quando se pratica um trabalho qualquer que não é associado ao lazer.
Qualquer empreendedor ou empreendedora precisa entender como conduzir uma boa negociação, como ser pontual, objetivo(a) em uma reunião e assertivo(a) na condução de qualquer pauta.
O autor Álvaro de Castilho alerta para a conceituação: “Negociação é também um processo de interação social, que envolve duas ou mais pessoas, a respeito de seus interesses, identidades e cognição, dedicadas ao alcance de um acordo sobre a substância negociada através de ganhos mútuos”.
Saber como são as pessoas (identidades) com as quais se está negociando e o que é valor para elas determinará o êxito ou o fracasso de uma negociação. As mulheres, por terem dois hemisférios linguísticos no cérebro precisam de mais palavras, mais explicações para se sentirem confortáveis em uma negociação. Já os homens, segundo os estudiosos linguísticos, gostam de negociações mais objetivas e um tipo de abordagem mais concisa. Assim, posso antever que reuniões de negócios com mulheres são mais longas e mais breves se os negociadores forem homens, e não se está aqui fazendo apologia ao gênero, mas se pontuando peculiaridades que precisam ser respeitadas nas negociações de qualquer natureza.
A linguagem dos negócios é caracterizada por um vocabulário técnico e por uma sintaxe mais formal do que a linguagem comum. Desta forma, consiste em uma forma de comunicação específica, que tem como objetivo facilitar a troca de informações entre empresas.
Sendo assim, leitor ou leitora, a linguagem de negócios é um conjunto de termos e expressões específicas usados na comunicação de empresários, executivos e profissionais de finanças, sendo seu principal objetivo facilitar a troca de informações e aumentar a eficiência nas negociações. Procure conhecer um pouquinho a pessoa com quem estabelecerá qualquer tipo de negociação: interesse, nível de escolaridade, personalidade… e também não fale tudo de imediato, procure escutar e observar, pois a leitura feita de alguém pode conduzir uma negociação exitosa.
É importante que empresários estejam familiarizados com o seu uso, para que possam se comunicar de forma clara e objetiva nas negociações. Alguns dos termos mais comuns da linguagem de negócios são: fluxo de caixa; lucro; prejuízo; investimento; dívida; patrimônio; receita; despesa. Conhecer o sentido correto de todos os termos pode ser imprescindível na mesa de negociações.
Por fim, entende-se que a linguagem de negócios é uma linguagem padronizada que possui um vocabulário específico para a comunicação de informações relacionadas aos negócios. De modo que que a linguagem seja clara e objetiva fica mais fácil a comunicação entre as partes envolvidas nos processos de negócios, sejam elas empresas, consumidores ou prestadores de serviços.
Se você deseja saber mais e conhecer as técnicas verbais de negociação, adquira o livro: A Extraordinária Arte da Negociação de minha autoria: Eliana Camargo (Doutora em Linguagem) e de Álvaro de Castilho (Executivo de Grandes Corporações).
ELIANA CAMARGO
Professora universitária, empresária, palestrante, escritora e jornalista.
@prof.elianacamargo
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