NÃO EXISTE OBRA PERFEITA!

É isso mesmo que você leu. Sem querer desanimar, mas lamentamos informar para os perfeccionistas de plantão que obra perfeita não existe.

Há algum tempo nós lemos um texto no Instagram que dizia assim: “A obra é um processo artesanal pelo qual passam, NO MÍNIMO, 10 empresas e fornecedores. Será possível que um processo feito pelas mãos de tantas pessoas vai ser perfeito? Você já sabe que não. É só olhar ao redor, tenho certeza de que você consegue achar algumas questões mesmo no mais lindo dos lugares.” 

Até porque, quem procura acha, como já dizia o ditado. Nós, da área, acabamos fazendo isso involuntariamente em qualquer ambiente. Mas, ao mesmo tempo, conseguimos ver a beleza num todo. Uma coisa não invalida a outra, entende? Convidamos você a fazer esse mesmo exercício, por que não, a grama do vizinho definitivamente não é mais verde que a nossa! 

Não estamos aqui, nem de longe, sugerindo que você deixe de ser exigente ou que você deve se contentar com qualquer serviço, até porque a gente sabe que tudo custa muito caro, e que obra é coisa séria: precisa de acompanhamento de um bom profissional. Mas, é preciso regular as expectativas e ter um olhar mais generoso em relação ao resultado. 

Nenhum processo artesanal é perfeito; nossas vidas não são perfeitas, assim como nós também não somos.  E é tão importante e necessário saber curtir cada etapa desse processo até a realização desse sonho! Infelizmente muitos acabam se prendendo e sofrendo com pequenos detalhes e acabam não valorizando todo o restante. 

Ser perfeccionista pode gerar muitas frustrações. Costumamos comentar com os nossos clientes que o papel aceita tudo. O projeto 3D pode ser perfeito, mas na hora da execução temos muitos limitantes: orçamento, mão de obra, acabamentos, emendas, fugas, paredes tortas, forro de gesso com imperfeições… essa lista é longa e não podemos simplesmente fingir que não existe, pois é muito mais comum do que gostaríamos que fosse.  

Essa reflexão vale para também para o pós-obra, tá? Porque viver suja, bagunça, mancha. Nossa casa não é uma amostra de decoração. Ela deve nos servir, para que a gente possa viver nossas histórias, criar as nossas próprias memórias. 

Você já ouviu falar no estilo wabi-sabi? É um conceito originário do Japão, que é aplicado em vários campos, principalmente, na decoração.

 “Wabi” remete ao que é rústico e “Sabi” remonta ao tempo e de como ele traz marcas, que têm sua beleza. Traduzidas na visão de vida, que essa filosofia aponta, a união das palavras indica a aceitação da inconstância, da imperfeição e da incompletude na existência.

Quando os japoneses reparam objetos quebrados, eles enaltecem a área danificada preenchendo as fissuras com ouro. Eles acreditam que, quando algo sofre um dano e tem uma história, torna-se mais bonito. Essa arte tradicional de reparação da cerâmica quebrada com pó de ouro é conhecida como Kintsugi – o resultado é que as cerâmicas não são apenas reparadas, mas tornam-se ainda mais fortes do que eram originalmente. 

Precisamos urgentemente valorizar a beleza nas coisas imperfeitas, e isso está cada vez mais representado por meio de uma estética que valoriza o rústico, o aspecto natural, as formas orgânicas.

E aí, que tal olhar com mais carinho para o todo: a conquista, a reforma, o lugar que você escolheu para escrever sua história? 


LM Arquitetura e Interiores
Laisy Munari e Leslye Mary Costa
📱 (47) 99912-0287 | (49) 99933-8263
@lm.arquiteturaeinteriores

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