
É comum observarmos comportamentos repetitivos nos outros, o que não conseguimos perceber em nós mesmos. Por que isso ocorre? Segundo Freud,’ o indivíduo reproduz não como memória, mas como ação, ele repete sem saber, é claro que está repetindo.’ Constatamos ao longo da vida, que temos atitudes similares às de nossos pais, sendo que algumas foram por nós criticadas, ficamos surpresos ao detectarmos a reprise das mesmas. É frequente nos relacionamentos amorosos a recorrência de padrões de autossabotagem, comentários frequentes: Estou no terceiro casamento, porém é tudo igual, só mudou o nome.
Quantas vezes prometemos a nós mesmos que não iremos reincidir em comportamentos nocivos à nossa vida, infelizmente não conseguimos. A autossabotagem é uma ação prejudicial que imputamos a nós mesmos, geralmente inconsciente, decorrentes de: medos, sentimento de culpa, traumas psicológicos, modelos incorporados, que causam: doenças, vícios, dificuldades financeiras. A autossabotagem bloqueia o nosso sucesso.
Sintomas do autossabotador: vitimização, medo, extremamente crítico, autoestima rebaixada, crenças negativas, (não consigo, não sou capaz, etc.), procrastinação, (deixa de cumprir tarefas e responsabilidades para depois).
Para vencermos estes hábitos prejudiciais temos que mergulhar no autoconhecimento, identificar as causas, para eliminá-las. De acordo com o seu grau de sabotagem, a libertação dos mesmos passará pela psicoterapia. A mudança sempre é possível quando nos comprometemos, ela ocorrerá quando estivermos dispostos a nos amar mais, confiar em nosso potencial, viver de uma maneira leve, agradecer e valorizar o que temos.
Claudete de Morais
CRP 12/01167 – Doutoranda em Psicologia Clínica
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